sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O individuo e a Organização.

A ABORDAGEM CLASSICA
As origens da Abordagem Clássica da Administração remotam às conseqüências geradas pela Revolução Industrial. No inicio do século xx, Taylor e Fayol iniciaram os primeiros trabalhos a respeito da Administração.
   Taylor: Frederick Winslow Taylor (1856-1915) foi o fundador da Administração Científica, nasceu em Filadélfia, nos Estados Unidos foi engenheiro e veio de uma família de princípios rígidos, de uma mentalidade disciplinar, devoção ao trabalho e poupança. Ele iniciou sua carreira profissional como um operário passando a capataz, chefe de oficina e engenheiro. Taylor teve contato direto com os problemas sociais e empresariais decorrentes da Revolução Industrial. Naquela época existia um sistema de pagamento por peça ou tarefa. Os patrões procuravam ganhar o m o máximo e os operários reduziam a um terço ritmo de produção, procurando contrabalançar desta forma o pagamento por peça, exigido pelos patrões. Então Taylor passou a estudar o problema de produção, iniciou seus estudos e experiências pelo trabalho do operário. Sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima e das partes para todo lado. Taylor criou condições de pagar mais ao funcionário que produz mais, o objetivo é pagar altos salários e ter custos baixos de produção. Ele assegurava três tipos de problemas na produção: a vadiagem no trabalho, ou seja, o engano; o sistema defeituoso da Administração e os métodos empíricos ineficientes. Para sanar esses problemas idealizou um sistema de Administração chamado de sistema de Taylor, Gerencia Científica. Os principais aspectos da Organização do Trabalho são: análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos, estudos da fadiga humana, divisão do trabalho e especialização do operário, desenho de cargos e tarefas, incentivos salariais e prêmio de produção, conceito de “homem econômico”, condições ambientais de trabalho.                                                                                                                 
Fayol: Henry Fayol (1841-1925) foi o fundador da Teoria Clássica, nasceu em Constantinopla, formado em engenharia de minas, entrou para uma metalúrgica e carbonífera onde desenvolveu sua carreira. Aos 47anos assumiu a gerência geral da “Compagnie Commantrt Fourchambault Et Decazeville” que passava por uma situação difícil, sua administração foi excelente e deixou a empresa estabilizada para o seu sucessor. Fayol afirmou que seu êxito se devia aos métodos que empregava, também disse que toda empresa pode ser dividida em seis grupos: funções técnicas, funções comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas. Ele define o ato de administrar como sendo: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Esses são os elementos do processo administrativo e que são localizados na área ou nível de atividade da empresa. Fayol tentou definir os princípios gerais de administração, sistematizando muito bem, embora sem muita originalidade. Segundo Fayol os princípios Gerais da Administração são: disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinados dos interesses individuais aos interesses gerais, remuneração pessoal, centralização, cadeia escalar, ordem, equidade, estabilidade do pessoal, iniciativa, espírito de equipe. O Administrador deveria seguir os princípios gerais na sua atividade, as quais passaram a ser fundamentais.     
Ford: Henry Ford (1863-1947) iniciou como um simples mecânico, chegando a engenheiro chefe de uma fábrica. Ele fundou a Ford Motor Company, instalando a primeira linha de montagem da época, em que o automóvel era feito por encomenda. Ford introduziu a linha de montagem na fábrica, revolucionando a estratégia industrial e comercial. Em 1913 já fabricava 800 carros por dia, ele gostava de substituir a mão de obra pela tecnologia, procurando sempre reduzir as tarefas desnecessárias. Ford levou a sério as idéias de Taylor e formulou algumas idéias próprias a respeito da Administração. Graças a constate e intensivo aperfeiçoamento de seus métodos conseguiu produzir grandes quantidades de um determinado produto padronizado. Em 1926 ele já tinha 88 fábricas e 150.000 empregados. Três aspectos do Fordismo são: a progressão do produto pelo processo produtivo é planejada, ordenada, contínua e ritmada; o trabalho é entregue ao trabalhador; as operações são analisadas e divididas. Ford adotou três princípios básicos: principio de intensificação; principio de economia; principio de produtividade. Ford foi um dos introdutores da produção em série, foi também um dos primeiros a não utilizar incentivos salariais para seus funcionários na área metodológica, e implantou a assistência técnica, o sistema concessionário e uma inteligente política de preços.  
Apreciação crítica da Teoria da Administração Científica
Taylor e seus seguidores sofreram várias críticas sobre a sua obra, mesmo assim elas não diminuem o mérito e a importância da Teoria científica. As principais críticas são: Mecanismo da Administração Científica; Superespecialização do operário; Visão microscópica do homem; Ausência de comprovação científica; Abordagem incompleta da organização; Limitação do campo de aplicação; Abordagem prescritiva e normativa; Abordagem de sistema fechado; Pioneirismo na Administração.
Apreciação crítica da Teoria Clássica
São muitas críticas feitas a Teoria Clássica, elas são numerosas, contundente e generalizada. As principais críticas são: Abordagem simplificada formal; Ausência de trabalhos experimentais; Extremo racionalismo na concepção da Administração; Abordagem incompleta da organização; Abordagem típica da teoria da máquina; Abordagem de sistema fechado.

TEORIAS TRANSITIVAS
Mary Parker Follett
Mary Parker Follett deu continuidade aos preceitos da Escola Clássica apregoando a existência de princípios gerais aplicáveis tanto às indústrias como a outras formas de organizações. Mas o fator inovador nos postulados de Follett foi a introdução de variáveis e componentes psicológicos à abordagem da Escola Clássica. 
  Mary Parker Follett trouxe uma nova visão da administração. O foco dessa visão era a função ou a realidade objetiva e não as vontades pessoais dos administradores. Follett foi uma das pioneiras na abordagem da motivação humana. O seu conceito de liderança é diferente dos conceitos tradicionalmente aceitos, uma vez que reduzia a autoridade e a decisão do gerente a um elemento do processo global de autoridade e decisão.
Contribuições:
  Foi Follett a primeira pessoa a destacar a importância dos trabalhos em grupo e a estudar a sua dinâmica. Suas idéias contribuíram para o surgimento da perspectiva das relações humanas nas organizações. Follett visualizou a sociedade de organizações e o gerenciamento como sua função genérica e seu órgão específico.
Follett pode ter estado certa ao identificar a necessidade de cooperação entre as empresas, mas estava equivocada ao defender a possibilidade de que a cooperação pudesse acabar com a competição. Sua defesa do conflito como um meio construtivo e criativo de solucionar problemas, sua crítica generalizada às estruturas hierárquicas restritas nas organizações de empresas, vão de encontro aos ditames administrativos dos anos 20 e 30.
Críticas
 De acordo com alguns autores pode-se concluir que uma das maiores críticas às teorias de Mary Parker Follett é o fato de que suas idéias estavam à frente de seu tempo, ou mesmo inadequadas para sua época.
Chester Barnard
Chester Barnard começou a escrever The Functions of the Executive (considerado sua obra-prima) numa época em que as idéias do experimento de Hawthorne estavam sendo divulgadas e começavam a entrar em conflito com a Teoria Clássica da Administração.
Para Barnard, a organização é um sistema de atividades conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas.
 Teoria da Aceitação da Autoridade - Para Barnard autoridade é o caráter da comunicação numa organização formal, em virtude do qual ela é aceita como algo que governa a ação de membros da organização.
Criticas:
Chester Barnard não pode ser considerado um bom escritor em função de seu estilo árduo, o que compromete, em muitos casos, o entendimento de seus argumentos. As fraquezas mais evidentes do livro estão no tom abstrato da apresentação das idéias, na dificuldade de estilo e na pobreza dos exemplos. Além disso, não se encontra no livro um estudo das instituições de cúpula na organização. A própria questão da liderança é considerada como tendo sido analisada de um modo abstrato por Barnard.
Segundo alguns autores, é difícil distinguir em Barnard quando ele inventa e quando ele rearranja conceitos de outros.
A partir das decorrências das relações humanas surge uma nova concepção administrativa: a "Abordagem Comportamental da Administração". Também conhecida como "Abordagem Behaviorista", essa abordagem marca a teoria do comportamento na teoria administrativa e a busca de soluções democráticas e flexíveis para os problemas organizacionais. Este resumo tem o objetivo de discutir sobre os reflexos, resultados e transformações que essa abordagem proporcionou à administração.

ERH
A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de teorias administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. Com a Grande Crise, todas as verdades até então aceitas são contestadas na busca da causa da crise. As novas idéias trazidas pela Escola de Relações Humanas trazem uma nova perspetiva para a recuperação das empresas de acordo com as preocupações de seus dirigentes e começa a tratar de forma mais complexa os seres humanos.
Essas teorias criaram novas perspetivas para a administração, visto que buscavam conhecer as atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o trabalhador era tratado pela Teoria Clássica, e de uma forma muito mecânica. Com os novos estudos, o foco mudou e, do Homo economicus o trabalhador passou a ser visto como homo social. As três principais caraterísticas desses modelos são:
O ser humano não pode ser reduzido a um ser cujo corportamento é simples e mecânico.
O homem é, ao mesmo tempo, guiado pelo sistema social e pelas demandas de ordem biológica.
Todos os homens possuem necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio, e auto-realização.
A partir de então começa-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisão e na disponibilização das informações acerca da empresa na qual eles trabalhavam. Foram sendo compreendidoos aspectos ligados à afetividade humana e percebeu-se os limites no controle burocrático por parte das organizações como forma de regulamentação social.
A Escola das Relações Humanas surgiu efetivamente com a Experiência de Hawthorne, realizada numa fábrica no bairro que dá nome à pesquisa, em Chicago, EUA.O médico e sociólogo australiano Elton Mayo, fez testes na linha de produção, na busca por variáveis que influenciassem, positiva ou negativamente, a produção. As Experiências de Hawthorne geraram um novo paradigma para os administradores mundiais.O comportamento do empregado é baseado no comportamento dos grupos e organizações informais, cada empregado não age isoladamente.
Em determinado momento nas teorias de relações há uma divisão. Surge a teoria de Recursos Humanos que o vê o ser humano como detentor de necessidades psicológicas complexas e não como um ser passivo que pode ser estimulado e controlado a partir de estimulos como as Relações Humanas descreviam até então.Segundo Barnard as organizações informais são necessárias ao funcionamento de uma organização formal, como um meio de comunicação, coesão e proteção da integridade individual.
Além de Mayo, Roethlisberger, William Dickson e Chester Barnard outros teóricos ganharam destaque na Escola das Relações Humanas, como:Mary Parker Follet,que foi uma das precursoras ao analisar os padrões de comportamento e a importância das relações individuais. Ja  Barnard criou a Teoria da Cooperação, e foi um dos primeiros a ver o homem como um ser social, dentro do ambiente de trabalho e analisar as organizações informais promovidas por eles.

BEHAVIORISMO
A teoria Behaviorista contribuiu de forma decisiva para a total redefinição dos conceitos administrativos, pois as abordagens, e a amplitude do seu conteúdo, diversificaram sua natureza.
As contribuições de Maslow, Mcgregor, Herzberg, forneceram ao administrador importantes métodos para conhecimento da motivação humana, como meio de conhecer melhor as pessoas e aproveitar o máximo de seus potenciais, em função da sobrevivência da organização.
Os sistemas organizacionais, contribuição de Likert, puseram à administração uma reflexão racional dos modelos de gestão, variando de um sistema autoritário explorador até um sistema democrático.
O Processo de contribuição de Simon proporcionou a todos os indivíduos da organização a probabilidade de participar de suas decisões, concebendo relevante enriquecimento das relações organizacionais, na medida em que projeta ao administrador a possibilidade de, a partir de sua relação com o ambiente, formar opiniões assumir atitudes e pontos de vista nas, mas diversas circunstâncias.
Foi o behaviorismo que introduziu o conceito de entendimento das necessidades humanas para compreensão da motivação que leva a maior produtividade
Finalmente, é preciso reconhecer que as preciosas colaborações da Teoria Comportamental para a administração inauguraram um novo enfoque dentro da teoria administrativa, com a ênfase nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional mais amplo, dinâmico e diversificado, que impulsionaram as organizações modernas e os atuais modelos de gestão democráticas.
As assertivas sobre o conflito organizacional decorrente de objetivos diversos entre a organização e as pessoas, proporcionam ao administrador muitas proposições para colocar em ênfase seus aspectos negativos dos conflitos e para solucionar problemas diversos.


O individuo e a organização

Os seres humanos são seres inteligentes com personalidades diferentes. O homem transforma o mundo a todo instante, cada um com suas descobertas e invenções para o desenvolvimento da humanidade.
Já falando do indivíduo e as organizações encontram-se vários estudos para o aperfeiçoamento do trabalho. Taylor e Fayol foram os fundadores da Teoria Clássica, com o objetivo de padronizar e gerenciar a produção nas fábricas, tendo contato direto com os operários e os patrões, sem esquecer  do Fordismo que trouxe a tecnologia e um sistema de produção em massa.
Todos foram criticados pela forma de estudar somente os problemas das empresas e se esquecendo dos operários que são seres humanos. Então a escola de Relações Humanas valorizava o ser humano e entrava em conflito com o modelo de administração da época, assim o indivíduo passava a ser visto com outros olhos, com estudos psicológicos.
A partir da década de 1940, com as críticas feitas aos clássicos pelo seu mecanicismo surgiu a teoria da Burocracia, que é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, contudo na concepção de Weber ele não considerou a burocracia como um sistema social, mas sim como um tipo de poder ou autoridade. Essa teoria trouxe conseqüências indesejadas que levam à ineficiência e as imperfeições chamadas disfunções da burocracia que não leva em conta a organização informal que existe em qualquer tipo de organização, não se preocupa com as diferenças individuais entre as pessoas que introduz variações no desempenho das atividades.
A teoria Estruturalista se originou como um desdobramento da teoria da Burocracia e uma leve aproximação à teoria das Relações Humanas. O estruturalismo está voltado para o relacionamento das partes da organização por completo. Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma organização da qual o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. O papel do capital e do trabalho é irrelevante nessa etapa da história da civilização, o trabalho passa a condicionar as formas de organização da sociedade. O homem organizacional necessita ter as seguintes características: flexibilidade, tolerância às frustrações, capacidade de editar as recompensas e permanente desejo de realização. Os estruturalistas não alteraram os conceitos da organização formal e informal, a teoria tenta encontrar o equilíbrio entre os elementos racionais e não racionais do comportamento humano que constitui o papel principal da vida, da sociedade e do pensamento moderno.
O alemão Ludwig Von Bertalanffy, na década  de 1950 elaborou uma teoria interdisciplinar capaz de transcender aos problemas exclusivos de cada ciência e proporcionar princípios gerais e modelos gerais. Essa teoria é denominada Teoria geral dos Sistemas, demonstra o isomorfismo das várias ciências, permitindo maior aproximação entre as suas fronteiras e o preenchimento dos espaços vazios entre elas. É uma teoria essencialmente totalizante, os sistemas não podem ser plenamente compreendidos apenas pela análise separada e exclusiva de cada partes, assim os diversos ramos do conhecimento até então estranhos uns aos outros pela intensa especialização e isolamento conseqüente  passaram a tratar os seus objetivos de estudos como sistemas. Os estudos podem ser: físicos, biológicos, psíquicos, sociais, químicos etc.
A teoria Neoclássica surgiu na tentativa de ampliação e atualização dos conceitos das teorias anteriores que recebiam muitas críticas e restrições graças ao formalismo pragmatismo nas suas concepções para substituir a ênfase nos meios pela ênfase nos fins e resultados. Os neoclássicos formam um movimento relativamente heterogêneo. As principais características  são: ênfase na prática da administração, reafirmação dos postulados clássicos, ênfase nos princípios gerais de administração, ênfase nos objetivos e resultados e ecletismo da teoria neoclássica. A centralização e descentralização referem-se ao nível hierárquico no qual as decisões devem ser tomadas.
Para os neoclássicos o administrador deve saber e entender as metas da empresa, que esperam dele em termo de desempenho e o seu superior deve saber que contribuição pode exigir e esperar dele, deve julgá-lo de conformidade com a mesma. Esta teoria enfatiza a relação do indivíduo e a organização no sentido de planejamento, organização, direção e controle, essas funções definem o processo administrativo na concepção dos neoclássicos. 
A relação entre o indivíduo e a organização, entende-se que a empresa funciona  graças ao trabalho das pessoas que representam a mesma e que por causa delas o processo de administração é executado.  As pessoas são a alma da organização, contando que uma depende da outra pra alcançar suas metas e objetivos. 

   

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